Já reparou que quando você assiste a alguém dando um depoimento na TV, principalmente em close, a cabeça dessa pessoa muitas vezes não aparece por inteiro? E que quase nunca ela está centralizada na tela? Às vezes seu rosto está mais à esquerda ou à direita.
Isso ocorre porque a imagem, quando cortada de uma determinada maneira, causa um impacto maior do que quando mostrada completamente. E mesmo quando ela está mais para um lado do que para o outro, a gente pode perceber um equilíbrio não assimétrico, como se vê na segunda figura abaixo.
De certa forma, um corte conta uma história. Ele realça os detalhes da imagem. Provoca no espectador uma curiosidade subconsciente em querer saber mais o que há por de trás daquilo que não é mostrado.
Além disso, o corte enfatiza um ponto focal na imagem. Quando se trata do rosto humano, somos naturalmente atraídos para os olhos. Por exemplo, quando criei a capa do livro “Grit Under My Nails”, da sul-africana Henda Salmeron (em breve, na amazon.com), cortei o topo de sua cabeça para que o olhar do leitor fosse conduzido primeiramente para os olhos da autora, que agem como o ponto de partida de toda a composição visual.
Por outro lado, caso você queira que o ponto focal esteja em outra área do rosto ou do corpo, pode ser recomendável não mostrar os olhos.
Por exemplo, em um anúncio de esmalte de unhas, em que os olhos da modelo ficam estrategicamente de fora, a mensagem que você quer passar se acentua, fazendo com que a atenção da sua audiência recaia diretamente no produto que você quer mostrar.
Esse recurso funciona muito bem. A não ser que a modelo do seu produto seja uma Gisele Bündchen.
Afinal, deixar os olhos dela de fora pode até prejudicar suas vendas…
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